Por sugestão do professor Juliano, segue um trecho do livro
"Pais brilhantes, professores fascinantes" de Augusto Cury.
Primeira parte:
"Pais brilhantes, professores fascinantes" de Augusto Cury.
Primeira parte:
...
para finalizar este livro, contarei uma história que revela a perigosa direção
para onde a sociedade está caminhando, a crise da educação e a importância dos
pais e dos professores como construtores de um mundo melhor. Tenho contado essa
história em muitas conferências, inclusive em congressos internacionais. Muitos
educadores ficam tão sensibilizados que vão às lágrimas.
Num
tempo não muito distante do nosso, a humanidade ficou tão caótica que os homens
fizeram um grande concurso. Eles queriam saber qual a profissão mais importante
da sociedade. Os organizadores do evento construíram uma grande torre dentro de
um enorme estádio com degraus de ouro, cravejados de pedras preciosas. A torre
era belíssima. Chamaram a imprensa mundial, a TV, os jornais, as revistas e as
rádios fizeram a cobertura. O mundo estava plugado no evento. No estádio,
pessoas de todas as classes sociais se espremiam para ver a disputa de perto.
As regras eram as seguintes: cada profissão era representada por um ilustre
orador. O orador deveria subir rapidamente num degrau da torre e fazer um
discurso eloqüente e convincente sobre os motivos pelos quais sua profissão era
a mais importante da sociedade moderna. O orador tinha de permanecer na torre
até o final da disputa. A votação era mundial e pela internet.
Nações
e grandes empresas patrocinavam a disputa. A categoria vencedora receberia
prestígio social, uma grande soma em dinheiro e subsídios do governo.
Estabelecidas as regras, a disputa começou. O mediador do concurso bradou: “O espaço está aberto!”
Sabem
quem subiu primeiro na torre? Os educadores? Não! O representante da minha
classe, a dos psiquiatras.
Ele
subiu na torre e a plenos pulmões proclamou: “As sociedades modernas se
tornarão uma fábrica de estresse. A depressão e a ansiedade são as doenças do
século. As pessoas perderam o encanto pela existência. Muitas desistem de
viver. A indústria dos antidepressivos e dos tranqüilizantes se tornou a mais
importante do mundo.” Em seguida, o orador fez uma pausa. O público, pasmo,
ouvia atentamente seus argumentos contundentes.
O
representante dos psiquiatras concluiu: “O normal é ter conflitos, e o anormal
é se saudável. O que seria da humanidade sem os psiquiatras? Um albergue de
seres humanos sem qualidade de vida! Por vivermos numa sociedade doentia,
declaro que somos, juntamente com os psicólogos clínicos, os profissionais mais
importantes da sociedade!”
No
estádio reinou um silêncio. Muitos na platéia olharam para si mesmos e
perceberam que não eram alegres, estavam estressados, dormiam mal, acordavam
cansados, tinham uma mente agitada, dores de cabeça. Milhões de espectadores
ficaram com a voz embargada. Os psiquiatras pareciam imbatíveis.
Em
seguida, o mediador bradou: “O espaço
está aberto!” Sabem quem subiu depois? Os professores? Não! O representante
dos magistrados – os juízes de direito.
Ele
subiu um degrau mais alto e num gesto de ousadia desferiu palavras que abalaram
os ouvintes: “Observem os índices de violência! Eles não param de aumentar. Os
seqüestros, assaltos e a violência no transito enchem as páginas dos jornais. A
agressividade nas escolas, os maus-tratos infantis, a discriminação racial e
social fazem parte da nossa rotina. Os homens amam seus direitos e desprezam
seus deveres.”
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